Pula a fogueira Iaiá, pula a fogueira Ioiô!


“Quem não gosta de samba bom sujeito não é”. A afirmação na música da famosíssima Alcione, consagrada como artista de sucesso no cenário musical brasileiro, foi imensamente repetida e tornou-se popular a ponto de ser considerada um consenso. Provavelmente porque há legitimidade nela.
“Analogiando”, não é errado, portanto, afirmar que “Quem nunca correu atrás de prenda não sabe o que é festa junina” ou pior “não foi aluno!”. A emoção de conquistar mais pontos que os seus colegas das outras salas e ter a satisfação de receber a premiação, seja ela um passeio ou uma semana de filmes, como dizem por aí “não tem preço”. Assim como ver seu professor-coordenador traçando verdadeiras estratégias de combate, ficar constrangido de passar de casa em casa no seu bairro “arrecadando” uma doação, carregar sacolas e mais sacolas para escola, planejar a entrega da prenda para o “dia que vale mais”. E na escola, todos no mesmo clima: fazendo bandeirinhas, cartazes, lembrancinhas, ensaiando a quadrilha e coreografias, produzindo bilhetinhos para o correio elegante, planejando o jeca style...
No sábado da festa, os envolvidos na realização saltam da cama e pensam nas memórias que levaram ou simplesmente porque vão trabalhar. Nada disso seria tão significativo se não fosse pelo fato de haver muito mais que se imagina por trás: uma celebração que envolve a história e a cultura de um povo, que nasceu da miscigenação de inúmeras outras culturas. Portanto faz sentido na grade curricular, do ponto de vista pedagógico. Contribuição ainda maior é a possibilidade da maciça integração entre escola e comunidade. Veja a definição retirada do portal “Brasil Escola”:
Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
[...] Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Lembrando, que, no entanto, a escola é laica e a comemoração faz sentido do ponto de vista histórico e cultural que são, portanto válidos na perspectiva pedagógica mesmo nos princípios que nos norteiam, por exemplo, os PCNs.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. [...]
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, enormes fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, entre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.
Pois é, dessa forma, como não poderia deixar de ser, em Santana de Parnaíba, todos os colégios da rede cumpriram impecavelmente assim como fazem com outras datas do calendário de celebrações da cultura brasileira.
E o sábado, 29/06, marcou o encerramento da temporada de festas caipiras nos colégios da rede. Foram quatro sábados seguidos da típica comemoração junina que reuniu danças desde a tradicional quadrilha até apresentações com músicas do momento – atrações que caíram no gosto do público – e populares guloseimas. Diversos sabores estamparam cartazes e deram água na boca: do singelo pastel de queijo, passando pelos variados bolos até o morango no espeto coberto com chocolate.
Tudo isso misturado ao grande empenho dos professores e funcionários em geral que se dedicam aos mínimos detalhes da decoração, limpeza e organização da festa garantiram o sucesso das edições de 2013 da comemoração e, ainda, o orgulho que todos eles carregarão por terem contribuído para o desenvolvimento da identidade cultural dos nossos alunos. Parabéns a todos!
Notícias da Cidade
Publicado por: Secretaria Municipal de Educação