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Jamil Toufic Akkari
 
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Santana de Parnaíba, 24 de fevereiro de 2011

Prefeitura de Santana de Parnaíba realiza trilha para análise de
dados na Reserva Biológica Tamboré


Além de biólogos da Prefeitura, participaram da visita monitorada integrantes do Instituto Tamboré e do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO)

O município de Santana de Parnaíba possui 176 km2 de extensão territorial, sendo o maior entre as cidades de nossa região. E dentro dessa área, encontra-se a Reserva Biológica Tamboré, com cerca de 3,7 milhões de m2.
Com o objetivo de apresentar ao Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) esse extenso território de importante valor ambiental, além de analisar e levantar dados da fauna e flora presente na Unidade de Conservação, a Secretaria Municipal de Planejamento, Receita e Meio Ambiente e o Instituto Tamboré promoveram, no último sábado (19/02), uma visita monitorada pela Reserva. No último levantamento realizado entre 2004 e 2005, foi encontrado um total de 119 espécies de aves, sendo algumas endêmicas da Mata Atlântica.
Durante a caminhada, que durou cerca de cinco horas, os pesquisadores identificaram duas novas espécies na Reserva. Com essas duas descobertas, o município passa a contar com 200 espécies de pássaros, considerando as outras áreas verdes.
A primeira ave avistada foi o Piculus aurulentus, mais conhecido como pica-pau-dourado e a segunda Spizaetus tyrannus, popularmente conhecido como gavião pega-macaco.
O pica-pau-dourado é uma ave florestal, encontrada no leste e sul do Brasil, bem como na Argentina e Paraguai. A ave mede cerca de 20 cm de comprimento e possui duas faixas amarelas horizontais e vértice vermelho. Também uma ave florestal, o gavião-pega-macaco, mede entre 58 a 72 cm. As fêmeas chegam a pesar ate 6,5 kg. Quando adultos, os gaviões apresentam plumagem preta e o dorso marrom escuro, além de um penacho em forma de coroa.
Satisfeito com o resultado, o biólogo da Secretaria Municipal de Planejamento, Receita e Meio Ambiente Amarildo Emanuel Jordão – que acompanhou o grupo juntamente com outro biólogo da Prefeitura Gabriel Damiati – acredita que esse é mais uma passo para consolidar ainda mais a reserva biológica.
“Nós já vínhamos mantendo contato com o CEO desde 2008, pois achávamos muito importante para o município poder avaliar melhor a fauna e também a flora. A cidade tem um grande potencial em diversidade natural e, por isso, devemos levantar a bandeira da conservação do meio ambiente”, explicou Amarildo.
Vale lembrar que a Reserva Biológica não é aberta à visitação pública por se tratar de uma área protegida por Lei. Mais informações podem ser obtidas no site www.institutotambore.org.br/reserva. Já o site do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) é o www.ceo.org.br.


A Reserva Biológica Tamboré

Instituída pela Lei Municipal nº 2.689/2005, a Reserva Biológica – mantida pelo Instituto Tamboré após convênio firmado com a Prefeitura em 2006 – além de ser patrimônio do município é uma unidade de conservação ambiental que tem como finalidade a preservação integral dos atributos naturais existentes em seus limites.
Em seus 367 hectares de mata nativa, estão abrigados 18 nascentes que abastecem córregos da região, como o Córrego do Garcia, Paiol Velho, Barreiro e Mico, além de estar inserida na área de abrangência da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, cuja finalidade principal é a proteção dos mananciais, estabilização do clima e manutenção da qualidade do ar na cidade.
Na Reserva, é encontrada, ainda, uma cobertura vegetal de caráter secundário com mais de 70% da área em estágio médio-avançado e avançado e 193 espécies vegetais identificadas, que pertencem a 67 famílias botânicas.

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Texto: Regiane Castanon – Mtb 46.780
Fotos Crédito: Roberto Andrade

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