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Além
de biólogos da Prefeitura, participaram da visita monitorada
integrantes do Instituto Tamboré e do Centro de Estudos Ornitológicos
(CEO) |
O
município de Santana de Parnaíba possui 176 km2 de extensão
territorial, sendo o maior entre as cidades de nossa região. E
dentro dessa área, encontra-se a Reserva Biológica Tamboré,
com cerca de 3,7 milhões de m2.
Com o objetivo de apresentar ao Centro de Estudos Ornitológicos
(CEO) esse extenso território de importante valor ambiental, além
de analisar e levantar dados da fauna e flora presente na Unidade de Conservação,
a Secretaria Municipal de Planejamento, Receita e Meio Ambiente e o Instituto
Tamboré promoveram, no último sábado (19/02), uma
visita monitorada pela Reserva. No último levantamento realizado
entre 2004 e 2005, foi encontrado um total de 119 espécies de aves,
sendo algumas endêmicas da Mata Atlântica.
Durante a caminhada, que durou cerca de cinco horas, os pesquisadores
identificaram duas novas espécies na Reserva. Com essas duas descobertas,
o município passa a contar com 200 espécies de pássaros,
considerando as outras áreas verdes.
A primeira ave avistada foi o Piculus aurulentus, mais conhecido como
pica-pau-dourado e a segunda Spizaetus tyrannus, popularmente conhecido
como gavião pega-macaco.
O pica-pau-dourado é uma ave florestal, encontrada no leste e sul
do Brasil, bem como na Argentina e Paraguai. A ave mede cerca de 20 cm
de comprimento e possui duas faixas amarelas horizontais e vértice
vermelho. Também uma ave florestal, o gavião-pega-macaco,
mede entre 58 a 72 cm. As fêmeas chegam a pesar ate 6,5 kg. Quando
adultos, os gaviões apresentam plumagem preta e o dorso marrom
escuro, além de um penacho em forma de coroa.
Satisfeito com o resultado, o biólogo da Secretaria Municipal de
Planejamento, Receita e Meio Ambiente Amarildo Emanuel Jordão –
que acompanhou o grupo juntamente com outro biólogo da Prefeitura
Gabriel Damiati – acredita que esse é mais uma passo para
consolidar ainda mais a reserva biológica.
“Nós já vínhamos mantendo contato com o CEO
desde 2008, pois achávamos muito importante para o município
poder avaliar melhor a fauna e também a flora. A cidade tem um
grande potencial em diversidade natural e, por isso, devemos levantar
a bandeira da conservação do meio ambiente”, explicou
Amarildo.
Vale lembrar que a Reserva Biológica não é aberta
à visitação pública por se tratar de uma área
protegida por Lei. Mais informações podem ser obtidas no
site www.institutotambore.org.br/reserva. Já o site do Centro de
Estudos Ornitológicos (CEO) é o www.ceo.org.br.
A Reserva Biológica Tamboré
Instituída
pela Lei Municipal nº 2.689/2005, a Reserva Biológica –
mantida pelo Instituto Tamboré após convênio firmado
com a Prefeitura em 2006 – além de ser patrimônio do
município é uma unidade de conservação ambiental
que tem como finalidade a preservação integral dos atributos
naturais existentes em seus limites.
Em seus 367 hectares de mata nativa, estão abrigados 18 nascentes
que abastecem córregos da região, como o Córrego
do Garcia, Paiol Velho, Barreiro e Mico, além de estar inserida
na área de abrangência da Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde da Cidade de São Paulo, cuja finalidade principal é
a proteção dos mananciais, estabilização do
clima e manutenção da qualidade do ar na cidade.
Na Reserva, é encontrada, ainda, uma cobertura vegetal de caráter
secundário com mais de 70% da área em estágio médio-avançado
e avançado e 193 espécies vegetais identificadas, que pertencem
a 67 famílias botânicas.
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Texto: Regiane Castanon – Mtb 46.780
Fotos Crédito: Roberto Andrade
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